sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Estou cansado...

É meia-noite e os trabalhos dos meus alunos não têm fim...
Estou cansado... Já não posso mais...
Já não tenho vida própria, já não sei o que é descansar...
Mas, o pior de tudo, é que não vejo luz ao fundo do túnel...
Não... Está tudo muito escuro, está tudo sem perspectivas de melhorar...

Nas minhas noites de sono não dormido (...) não consigo deixar de pensar:

ALGUM DIA VOU PODER TER VIDA PRÓPRIA?
ALGUM DIA VOU PODER OLHAR E APRECIAR A BELEZA DUMA PAISAGEM, A BELEZA DAS BRINCADEIRAS DE UMA CRIANÇA?

Estou cansado... Até quando?

sábado, 1 de novembro de 2008

Para onde caminha a educação em Portugal?

Em jeito de piada (...), a propósito de Portugal ser um dos países mais geométricos do mundo, alguém referia que, para além de ter uma forma mais ou menos rectangular, no nosso país havia "bestas quadradas" a resolver "problemas bicudos" em "mesas redondas".
De repente, pensando no caminho que a Educação leva no nosso país, fez-se luz: Não é que eu é que entendi mal e que não era mesmo piada - era a pura das rfealidades?... (principalmente aquela das "bestas quadradas"...)

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Noite de Natal

O vento, em rajadas violentas e geladas, afastava tudo e todos da rua deserta. Não se via nem cão nem gato cá fora. Apenas o zumbir do vento na sua passagem pelas folhas das árvores ou uma porta ou outra a ranger ou a bater, de algum barraco desengonçado e velho.

No entanto, o ambiente dentro das casas era bem diferente: crianças brincavam, corriam, pregavam partidas, em salas bem iluminadas e quentes, indiferentes ao vento e ao frio do exterior. Era véspera de Natal!

Numa velha casa, nos limites da cidade, por entre os rugidos do vento, uma criança de nove anos, encostada a um canto, soluçava. Estava gelado e sentia-se desfalecer. Agarrava-se como podia a um casaco velho mas o casaco, de tão velho, quase que era mais frio que o próprio frio... Por entre os soluços, gemia com uma voz trémula, de desespero:

Rui -Mãe!..... Mãe!..... Eu quero a minha mãe!... Tenho tanto frio!... Mãe, ajuda-me!... Aquece-me, mãe!.... Estou cheio de frio!... Mãe, porque é que tu nunca mais vens?... Anda, que eu prometo que me porto sempre bem!... Vou fazer sempre tudo o que tu me mandares, vou...

(E os soluços abafam-lhe a voz)

Num desespero terrível, esta criança não compreendia o que se passava, não compreendia que mal podferia ter feito para merecer tamanho castigo.. Já tinha passado cerca de uma semana que vivia sózinho. Antes, vivia com a sua mãe. Não fosse a fome e ainda viveria com ela. Mas a necessidade levou-a a cometer um erro: encontrou uma loja com a porta aberta a meio da noite e entrou. Viu umas caixas com fruta e encheu rapidamente uma saca. Ia a sair e foi apanhada. Chamaram a polícia. Encontraram dentro da loja o dono com uma grande pancada na cabeça, desmaiado. Ela bem se defendeu dizendo que apenas tinha tirado a fruta e que não tinha feito mais nada, que pegou na fruta porque tinha de dar de comer ao seu filho, que o seu filho estava cheio de fome... Bem disse que nem sabia que o dono estava lá dentro desmaiado... Mas, ninguém acreditou nela. Não era daquela terra e, por isso, não era de confiar. Foi levada para a prisão e ali ficou a aguardar julgamento. As provas eram todas contra ela...

(Batem à porta)

Rui - Ui!... Quem é que está a bater à porta? Será a minha mãe? Não, não pode ser... Devo estar a sonhar... Ninguém bateu à porta! A minha mãe está presa e ninguém anda na rua com este frio... (e aconchega-se de novo ao casaco, tentando tapar o frio)

(Batem à porta novamente)

Rui - Bateram mesmo à porta... Será a polícia? Vão-me levar preso? Vão-me levar para um lar? Não, não quero ir! Tenho de me esconder. (esconde-se atrás de uns armários).

(Batem à porta novamente, mas com mais força)

Uma voz - Rui, Rui, abre a porta!

O Rui, tiritando de frio e de medo, ouviu a voz e pareceu-lhe ser uma voz que já tinha ouvido... Mas não se lembrava de quem era...
Voz - Rui, eu sei que estás aí! Abre a porta! Anda lá que aqui fora está muito frio! Depressa!
Desta vez o Rui reconheceu a voz. Era o seu amigo Pedro. Tinha estado na casa dele no dia anterior e até tinha lá jantado. De um salto, correu para a porta. Tirou a tranca e abriu-a.
Pedro - Irra, Rui, que frio! Até pensei que me ias deixar morrer lá fora, gelado!
Rui - Tive medo... Não sabia que eras tu... Mas, o que é que tu estás aqui a fazer?
Pedro - Estava cansado de estar lá em casa sem fazer nada e resolvi ir dar uma volta. Lembrei-me de ti e vim aqui ter...
Rui - Com este frio?! Tu estás maluco ou quê?! Devias estar a fazer a ceia de Natal com a tua família. Estavas muito mais quentinho...
Pedro - Eu não sou friorento. E as minhas primas já me estavam a chatear: era cá um berreiro que eu já não aguentava mais...
Rui - Mas hoje...
Pedro - Hoje não é um bom dia para se visitarem os amigos?!... E, depois, havia lá comida a mais... Trouxe um bolo-rei para comermos juntos.
(batem novamente à porta)
Rui - Outra vez?! Quem será agora? Se calhar agora é mesmo a polícia para me levar...
Pedro - Polícia?!... A esta hora e na véspera de Natal?! Nem penses! Vai abrir a porta e já vês quem é.
Rui - Vou já, vou já!
(o Rui abre a porta)
Cátia - Olá, Rui! Estava a ver que nunca mais abrias a porta!

Rui - Cátia! E o Zé! Não percebo nada...

Zé - Rui, sai lá da frente e deixa-nos entrar! Olá Pedro! Também estás aqui?

Pedro - lá Cátia e Zé! Eu é que não contava convosco aqui...

Cátia - Olá Pedro! Rui, trago aqui um bacalhauzinho com batatas e tronchuda. Espero que ainda não tenhas jantado...

Rui - Jantado?!...

Zé - Ainda bem que ainda não jantaste! Assim, podemos comer todos juntos!

(batem novamente à porta)

Rui - Bateram à porta?

Pedro - Eu também ouvi...

Rui - Isto é muito estranho... Quem é?

Magda - É a Magda , o Fernando e a Rafaela.

(O Rui corre a abrir a porta)

Rafaela - Olá. Rui, parece que estás com frio...

Rui - É só um bocadinho... A casa está fria...

Fernando - Eu bem tinha razão! Ele oprecisava de um aquecedor! Magda, para outra vez, está calada, para não dizeres asneiras...

(Colocam o aquecedor a funcionar)

Rui - Agora já está mais quentinho... Que bom!

Magda - Agora, chega-te aqui à minha beira. Quero ver uma coisa... (O Rui vira-se e ela enfia-lhe um casaco de lã)

Rafaela - Fica-lhe mesmo bem! É à medida dele!

Magda - Gostas do casaco? Fui eu que o fiz!

Rui - É para mim? Não percebo...

Zé - Estás mesmo um "man", "meu"!

Pedro - Magda, vê lá se fazes outro para mim!

Rafela - Tu o que queres é conversa... Mas a Magda não quer nada contigo...

(Batem novamente à porta)

Fernando - Ainda vem mais alguém? Não tínhamos combinado nada...

Pedro - Não olhes para mim que eu não sei de nada!

Rafaela - Bem, então, já não percebo nada...

(batem novamente à porta)

Voz - Abram a porta! Polícia!

Rui - E agora? Não nos podemos esconder todos...

Pedro - Nós não sabemos o que eles querem...

Magda - Não pode ser nada de mal pois não fizemos mal a niguém...

Fernando - A polícia não serve só para prender pessoas. Vamos abrir a porta.

(Batem novamente)

Rui - Já vai, já vai!

(Rui abre a porta)

Polícia - Quem de vocês é o Rui?

Rui - Eu não dizia... É desta que vou preso...

Polícia - Então, és tu o Rui? Tenho de falar contigo.

Rafaela - Sr. polícia, não vê que o está a assustar. Páre lá com isso e vá-se embora!

Zé - O Rui não fez nada de mal!

Polícia - Eu sei... eu sei... Não é isso, eu não venho para lhe fazer mal!

Cátia - Então o que é que está aqui a fazer?

Polícia - É sobre a tua mãe, Rui.

Rui - O que é que se passa com a minha mãe? Já não chega prenderem-na e ela não ter feito nada?!...

Pedro - Rui, deixa falar o Sr. polícia.

Polícia - Bem, descobrimos que cometemos um erro terrível... Lembras-te do Sr. da loja que foi assaltada?

Rui - Foi por causa dele que a minha mãe foi presa...

Polícia - Pois é, prendemos a tua mae porque pensávamos que tinha sido ela quem tinha assaltado a loja.

Rui - Pois, e levaram-na presa...

Polícia - Pois foi... O Sr. da loja, o Sr. Luís, estava no hospital entre a vida e a morte. Mas, há um bocado, acordou.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Teatro - O Menino Pobre - Gonçalo Pinto

Narrador - Era uma vez um menino muito pobre, cujos pais tinham sido presos. Foi assim. Eles viram uma macieira e foram lá buscar maçãs. Entretanto, o agricultor chamou a policia. Os pais dele foram presos e ele ficou sozinho.


Menino - Eu estou sozinho. O que é que vou fazer? Não tenho comida, tenho fome, não tenho dinheiro,… A minha mãe e o meu pai foram presos. Não tenho nada, nem ninguém.


Narrador – Passadas algumas semanas, o menino estava tão magro que até se lhe notavam os ossos. Dava tristeza e metia pena. Era horrível!!!


Menino - Ai, ai,… Tanta sede que eu tenho. Quem me dera ter os meus pais… Quem me ajuda? Quem me pode ajudar?


Narrador – De repente, ouviu-se um barulho. Era um grupo de turistas que se aproximava dele.


Turista – Que se passa , menino? Em que é que te podemos ajudar?



Narrador – Os turistas, espantados, observavam o pequeno e pobre rapaz.



Menino – Estou cheio de fome e de sede. Não tenho nada. Podem ajudar-me?



Outro turista –
Claro que sim! Não é, amigos? Vem connosco, nós vamos cuidar de ti.


Narrador – Eles levaram-no para a casa que tinham alugado e trataram-no muito bem.



Gonçalo Pinto

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

A HORTA






Era uma vez um senhor já muito, muito velhinho, um senhor que já quase não se levantava, e que tinha uma neta que o ajudava todos os dias. Era ela que cultivava as batatas, as cenouras, as alfaces,...
Um dia a Teresa, a neta do avô, viu-o triste e pediu:
- Avô, porque estás triste? Tu sabes que não gosto de ver ninguém triste! Vá, sorri!!!
O avô sorriu e veio-lhe uma lágrima ao olho. Nesse mesmo dia a Teresa foi à horta e tudo estava diferente: os tomates estavam mais rechonchudos, os alhos com cabeças maiores, as alfaces mais empinadas, …
- Avô! Avô! Anda à horta, por favor!!!
Quando o avô chegou à horta tudo cresceu ainda mais e o avô disse:
- Em todos estes anos nunca me aconteceu isto. Será...
O avô, sem acabar está frase, pensou: «Isto é tudo fruto do amor que a minha neta lhes tem dado. A Teresa está de Parabéns!!!»
Quando o avô regressou a casa, tinha uma vontade enorme de comer os alimentos deliciosos que a neta tinha cultivado, queria mergulhar numa sopa deliciosa. A neta fez a vontade ao avô e fez a sopa. Quando a Teresa estava a fazer a sopa faltava-lhe o alho mas não tinha tempo de o ir buscar . Então, de repente, viu o alho em cima da mesa. A Teresa ficou espantada.
Quando o avô estava a comer a sopa, descobriu que a sopa estava diferente: cada vez estava melhor e, daí, surgiu-lhe uma ideia:
- Teresa, porque não vais vender os teus alimentos para a feira! Ganhávamos algum dinheiro...
- Só se tu vieres comigo!!!
O avô não teve escolha e decidiu ir com ela. Logo no dia seguinte foram para o recinto da feira. Mas aquilo não parecia feira nenhuma! Toda a feira mais parecia a feira das moscas. Então, a Teresa perguntou a uma menina:
- Ó menina, pode-me dizer onde está toda a gente?
- Claro que sim! Na maioria das vezes as pessoas só vêm à tarde.
- Então, porque é que está esta gente toda a pôr as barracas?
- Quando as pessoas vierem, já temos as barracas prontas e, assim, ninguém nos rouba o lugar! Percebeu, menina?
- Sim! Muito obrigado!!!
Teresa dirigiu-se ao avô com cara de tristeza e o avô perguntou:
- Minha netinha, o que tens?
- Os compradores só vêm à tarde e ainda falta tanto para ser de tarde...
- Não importa!! - Disse o avô, satisfeito.
A Teresa mais queria era desistir.
Passado algum tempo a feira começou a encher, a encher, a encher. Cada vez mais, os clientes iam comprando frutas e legumes. Quando já era noite Teresa e o avô foram para casa sem mercadoria mas com dinheiro!
No dia seguinte, Teresa chamou o avô mas estava tudo silencioso. A Teresa começou a achar estranho… Quando chamava o avô, ele espondia e levantava-se logo para ir comer as deliciosas comidas que a neta tinha preparado. Teresa foi ao quarto do avô e bateu à porta. Mas continuava silencioso. Teresa decidiu entrar e, quando entrou, teve um desgosto enorme: o avô tinha morrido...
Passado alguns anos Teresa já estava uma mulher, mas contiuava sozinha e mantinha o vício de estar sempre a cultivar legumes e frutas. Nunca se esqueceu da angústia que passou por causa do avô ter morrido... Mas viveu feliz com as doces recordações que tinha da sua querida pessoa!!!!!
Alicia – 29 de Novembro de 2007

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Visita de Estudo - Citânia de Sanfins e Castelo, Paço dos Duques e Capela de S. Miguel, em Guimarães

Olá! Sou o Gonçalo e vou–vos contar como foi a minha visita de estudo a Guimarães.
Primeiro, fomos a um sítio que ninguém tinha a certeza onde ficava. Era o museu da citânia de Sanfins que procurávamos…
Antes de entrarmos, o professor perguntou–nos coisas. Acabámos de responder às perguntas e entrámos no museu.
Havia uma fotografia da citânia de Sanfins, uma maquete, peças em cerâmica muito valiosas, um soldado partido em três bocados (era um guerreiro calaico); subimos algumas escadas e vimos moedas de prata e de bronze; noutro sítio vimos algumas pedras com símbolos; descemos algumas escadas e vimos uma pedra com o símbolo da cobra, duas aras onde se punha comida para os deuses, …; andámos um bocado e vimos muitas peças de cerâmica e outras peças do Paleolítico.
Regressámos ao autocarro e fomos para a citânia de Sanfins. Vimos casas redondas, rectangulares,… Tinha uma casa familiar reconstruída. Nessa casa tinha um símbolo do Sol. Descemos a encosta e fomos visitar os balneários, onde os guerreiros tomavam banho e faziam sauna.
A seguir, fomos ao castelo de Guimarães. Chegámos lá e o professor começou a explicar-nos coisas sobre o castelo. Passado algum tempo, subimos as escadas e fomos para o adarve. Tinha quatro torres e uma de menagem.
Depois, fomos à capela de S. Miguel. Cada uma das pedras do chão tinha um símbolo. Vimos a pia onde D. Afonso Henriques foi baptizado.
Daqui, fomos para o Paço dos Duques, onde visitámos algumas partes: o salão nobre, o quarto da duquesa, a sala de jantar, a sala de armas,… Na sala de armas havia arcos, bestas, espadas, lanças, capacetes,…
Em muitas salas havia cerâmicas orientais e grandes tapeçarias que representavam as batalhas no Norte de Africa.
Passado algum tempo, entrámos no autocarro e regressámos. A meio da viagem fiquei enjoado mas não vomitei. Foi pena pois quando saí do autocarro, vomitei logo. Mas fiquei melhor!
Cheguei à escola e lá fui eu embora!!!
Gonçalo – 16 de Novembro de 2007

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

E o Magusto Aconteceu...

Agitação, correrias, decisões, organização, ... de tudo um pouco! E o Magusto aconteceu.
Logo pela manhã, jogos tradicionais! Jogaram-se as estafetas, as corridas de sacos, lançaram-se argolas e jogou-se petanca!
Todos participaram! Até os Pedrinhos colaboraram entusiasmados.
Depois dos jogos... lanche! Pão torrado com manteiga, sumo e castanhas!
No final, a fogueira! E os meninos à volta da fogueira... História de S. Martinho, quadras de Outono, adivinhas, lengalengas, canções, danças e flautas! No fim, o que muito se esperava: saltar a fogueira!!! Todos saltaram! Mesmo os Pedrinhos! E a alegria na cara deles!...
Magusto na escola - Dia de festa, dia de divertimento!